terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cáp 14.

Joe passou horas tentando arrumar um modo de sair da casa. Xingou Ben internamente o dia inteiro. Eles estavam de palhaçada com ela, só podia ser isso! Primeiro ter a bolsa roubada por uma pirralha que achava que Joe iria roubar o irmão pra sempre, depois ser trancafiada dentro de uma casa por um ladrão, sendo que tinha muito que fazer.
Sentou-se em posição de índio no meio da sala, emburrada. Ficou uns minutos pensando e resolveu ir dormir. Não tinha mais o que fazer, não adiantava ficar acordada a noite inteira esperando o traidor do Ben. Deitou-se e dormiu em menos de cinco minutos.
Era mais de duas da manhã quando Ben destrancou a casa, silenciosamente. Para o rapaz que havia saído animado da casa, ele estava com uma expressão muito preocupada. Dirigiu-se a um móvel da sala, abaixou-se e tirou dele uma caixa.
Sentou-se ao lado da caixa e começou a tirar um monte de objetos dela. Em poucos segundos o chão perto dele estava repleto de armas, fotografias antigas, manuscritos velhos, entre outros objetos.
Do fundo da caixa Ben tirou um pacote bem embrulhado, porém coberto de pó. Não mexia naquela caixa desde que saiu de Elpah.
Ouviu um barulho. Correu para a porta da casa, com armas em mão, pra ver o que estava acontecendo. Suspirou quando viu que era apenas Mel, que tinha voltado pra casa cheia de moedas de ouro.
- Porque você ainda está acordado, Ben? – Mel perguntou, franzindo as sobrancelhas.
Então Mel colocou a cabeça pra dentro da casa e viu tudo espalhado no chão. Imediatamente a garota começou a chorar.
- Oh, Ben! Você me prometeu que nunca mais iria abrir essa caixa! Você me disse que estava arrependido, Ben! Você prometeu!
- Psiu, quieta, Mel! – Ben tapou a boca da criança, delicadamente, e a levou pra dentro da sala. As lágrimas ainda corriam soltas pelo rosto da ruiva, mas ela estava mais controlada.
- Ben, você prometeu... – Ela soluçou.
- Eu sei, Mel, mas escute... Eu não estaria vendo tudo isso de novo se não fosse necessário!
- Mas porque é necessário? O que tá acontecendo?
- Mel... Eles me acharam. – Ele deu um longo suspiro, ao mesmo tempo em que a menina soltava uma exclamação de desespero. As lágrimas caiam com mais intensidade pelo rosto dela.
- M-mas como? Você passou anos fora, Ben! Eles nem sabiam se você estava vivo! Como te acharam? É impossível, Ben!
Ben estava ajeitando os pensamentos em sua cabeça. Como contar a uma criança sem que ela saísse gritando por aí?
- Mel... Essa garota que está aqui em casa, a Joe... Ela é filha de um xerife.
Mel tapou a boca com as mãos, seus olhos arregalados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário