terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Capítulo 9

- É um prazer negociar com você, Leão. – Riu “Piolho”. – É o seguinte. O chefe descobriu uma antiga equipe de ladrões em Elpah... E você sabe como ele odeia concorrência. O fato é que esses ladrões andavam sumidos e agora voltaram a tona.
- E o que o trem tem haver com isso? Se for só pra matar os caras poderíamos ir com os cavalos.
- Aí que está, meu amigo. O chefe não gosta de nada discreto, gosta? Ele quer matar todos no trem, roubar tudo que puder e sair do trem... Porém não antes de tirar o trem dos trilhos e direciona-lo direto pra Elpah. Vai ser um milagre se alguém sobreviver por lá! - Leão riu, antes de levar um tiro na cabeça, segundos depois o alvo foi Piolho. Dois a menos.
Ben se levantou e se espreguiçou, foi correndo pro vagão da frente, precisava chegar no maquinista e avisar do desvio. Precisava parar o trem o quanto antes.

Joe já havia dado conta dos dois homens com quem lutou. Na verdade a garota estava já de saco cheio deles falando pra ela desistir que jogou um deles pela janela, que segurou o outro e o levou junto.
Ela já havia ido até o final do trem, sem encontrar ninguém, agora estava voltando pra encontrar “aquele ser desprezível que ela concordou ajudar”.
Havia passado pelo primeiro vagão que entrou e quase vomitou ao ver que a poça de sangue que tinha lá havia secado e virado uma massa nojenta.
Foi pulando de vagão pra vagão, até que chegou em um vagão trancado. Chutou a porta e ela nem se mexeu.
- Ah, droga... Vou ter que subir e pular por este.
Ela subiu as escadas e se equilibrou em cima do trem, o que era difícil devido a sua velocidade. Agachou-se e conseguiu chegar ao outro lado do vagão, então desceu as escadas. Tentou abrir a porta deste lado, também estava trancada.
- Tem alguém ferido aí? – Ela gritou e, pra surpresa dela, obteve uma resposta.
- Socorro... – Alguém falou, com a voz rouca, de dentro do vagão.
- Você está bem? Consegue abrir a porta pra que eu o ajude?
Ela ouviu o barulho de um trinco se abrindo, mas a porta estava emperrada.
- Se afaste que eu vou chutar a porta. – E foi o que Joe fez. Mas antes que ela pudesse ver o que havia dentro do vagão, levou um tiro no braço. Tudo ficou escuro.

Abriu os olhos mas não via nada, estava tudo escuro. Piscou.
Um homem... Decididamente era um homem. E, por acaso, estava mais perto do que ela permitia. Deu-lhe um soco.
- Auch! Por Deus, Joe! – Ben massageou o rosto. – Eu aceitaria um “obrigado”!

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