terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Capítulo 6

- Parece que nossos caminhos são os mesmos. Vou com você.
Joane desmontou do cavalo, indignada. O rosto de Ben trazia um discreto sorriso, que não aparentava que ele estava brincando. A garota deu um sorriso cínico, mas estava ficando irritada.
- Não me lembro de dizer que poderia vir comigo.
- Ora, Joe! Com companhia será bem mais divertido...
- E demorado. – Cortou Joane.- Primeiro, vamos deixar umas coisas bem claras aqui: Você é um bandido, vá achar seus amiguinhos do crime! E meu nome é Joane. Ah, e também não somos amigos.
- Não pode impedir que eu a siga. – O sorriso de Ben ficou maior, mas não tinha deboche nele.
- Tenta a sorte. - Joane apenas deu uma piscada pra ele, com um sorrisinho no rosto, e disparou com Franja pelo deserto.
- O cavalo dele nem com sela estava... Nunca vai me alcançar. – Joane divertia-se, apenas pensando.
Uma nuvem de poeira passou por ela. Por um momento ela pensou que Ben havia conseguido alcança-la, mas estava enganada.
A poeira baixou e Joane os viu. Eram sete homens, todos com o rosto coberto por lenços. Eles passaram reto por Joane e foram em direção ao trilho de trem que havia por aquelas bandas. O trem iria passar em instantes. Demorou alguns segundos pra Joane reconhecer o famoso grupo de assassinos, conhecido como “sangues”. Matavam por prazer e tinham um interesse especial por bebês e mulheres.
- Para uma garota, você é bem desleal. – Ben havia alcançado Joane, que estava em estado de choque. – Joe, o que houve?
Joane respondeu, sem olhar pra Ben.
- Eles estão seguindo o trem... Vão matar todos. – Joane olhou pra Ben.
O que Joe não esperava era que o rosto de Ben se abrisse em um sorriso e que ele cavalgasse em direção ao trem, sem antes gritar um “O que está esperando? Vamos!”.

“Esse cara é louco”. Foi o pensamento de Joe, quando viu a nuvem de poeira que o cavalo de Ben fazia se afastar.
Joe não pretendia morrer por um assaltante, mas acabou alcançando ele quando ele estava perto do trem.
- Achei que você havia desistido! – Ele gritou do seu cavalo, quando Joane se aproximou. – Eles já entraram no trem... Se não quiser não precisa me ajudar.
- Só quero ver se eu entendi... – Ela gritou, cavalgando o mais rápido possível em direção ao trem – Você pretende que nós dois lutemos contra vários ladrões armados tendo apenas duas espadas e uma pistola?

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