terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Capítulo 8

Não precisara chutar a porta deste, já que estava arrombada. Entrou, mas não antes de esconder a espada consigo.
Havia três homens no vagão. Um no chão, com a cabeça ao lado, cortada. Os outros dois olhavam pra Joe, sorriso no rosto.
- Ora, ora, que conveniente... Uma clandestina. – Um dos dois disse, o sorriso ainda maior. – Mostre pra ela o que fazemos com clandestinas, Juan.
O outro homem, Juan, entregou seu chapéu para o amigo e andou calmamente em direção a Joe, espada em mãos.
- Dois homens armados contra uma moça indefesa... – Joe tinha um meio-sorriso no rosto. A mão já preparada pra pegar a espada escondida. – Acho que vocês vão me matar, não é?
- Terminamos com esta epoca, señorita. Nuestros planos mudaram muy. – Juan se aproximou mais de Joe. A mão da garota se aproximou ainda mais da espada.
- O que Juan quer dizer, cara senhorita... É que hoje em dia vemos mais nas mulheres do que sacos de pancada.
- E isso quer dizer que...?
- Que garotinhas bonitas não devem se meter em nosso caminho, a não ser que queiram... Como eu posso dizer? – Ele deu um sorriso debochado. – Que queiram ser usadas, digamos assim.
- É agora que eu devo ter medo? – Joe riu, no mesmo instante que Juan correu em sua direção. A garota tirou a espada e travou um duelo contra os dois, ao mesmo tempo.

Enquanto isso, Ben procurava o resto do grupo no outro lado do trem. Já havia vencido um que estava sozinho, no vagão anterior.
Ouviu dois homens conversando, entrou no vagão e se escondeu atrás de dois bancos.
- Não entendo o que o chefe viu nesse trem em especial.
- Ora, Leão... O chefe tem mais motivos do que podemos imaginar.
- Ah, como se você soubesse algum desses motivos, não é, Piolho? – Riu um deles.
- Na verdade eu sei sim. Mas fui incumbido de não abrir o bico.
As costas de Ben já doíam. Mas ele não podia se mexer sem fazer barulho. Também não conseguia ver o que se passava, podia apenas ouvir.
- Bem, talvez algo que eu tenha possa fazer você falar... – A voz do homem de apelido “Leão” era irônica.
- Você está falando daquele vestido cheiroso que você roubou da nossa última “carne”?
- Exato, meu caro amigo. Só me contar o que sabe e ele é seu.

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