terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Capítulo 2

Um garoto de pele branca e cabelos encaracolados pretos, com mais ou menos treze anos, apareceu no beco.
Ele olhou de canto de olho pros barris onde Joane estava escondida e se virou pros dois homens. Joane deu graças a Deus que ele não a viu.
- Desculpa... Demorei pra achar meu punhal. - Ele disse, mostrando o pequeno punhal ensangüentado. - Achei ele lá no beco depois de um tempão!
- Certo, agora você já achou, seu lerdo! Vamos. - Um dos homens, o mais irritado, deu um tapa na nuca do garoto. - Não temos muito tempo.
- Certo, certo! Mas também não precisava bater tão forte! - O garoto massageou a nuca, emburrado, quando eles subiram em seus cavalos e foram embora.
Cerca de meia hora se passou até que Joane saísse de seu esconderijo. A cidade estava totalmente silenciosa, mas ela sabia que o pai estava por aí. Saff Morgan era um homem forte, não eram uns bandidinhos que conseguiriam dar fim nele.
Joane correu o mais rápido que pôde para casa, seu pai provavelmente estaria lá. Gritou pelo pai dentro de casa, sem resposta. Pegou um lampião aceso e saiu novamente.
Foi pra rua, ainda evitando olhar os corpos no chão. Gostava muito das pessoas daquela cidade e sabia que muitos amigos haviam morrido, mas era impossível um deles ser o pai, e era ele quem ela queria.
Depois de percorrer a cidade inteira em vão, a garota parou em frente ao beco escuro no qual o garoto havia saído. Entrou.
Mesmo com o lampião aceso era difícil enxergar algo no beco. Joane conseguia ver uma silhueta sentada no chão do beco e correu.
- Pai! Que bom que você está aqui! Procurei você pela cidade inteira!
Sem resposta.
- Pai? Está tudo bem?
Joane se ajoelhou e aproximou o lampião do corpo do pai. Viu a marca sangrenta de um furo na barriga dele. Um furo feito por um punhal.
Joane pegou a espada e o chapéu de cowboy do pai, montou em Franja e partiu. A garota só pensava em uma coisa: Vingança.

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