terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cáp. 18

Joe olhou rapidamente pra porta, achando que veria os bandidos, mas não viu ninguém menos que Ben Goldy, que parece não ter visto a moça.
“O que Ben está fazendo aqui?”
O rapaz não olhou para ninguém na taberna e andou em direção a dançarina francesa. Abraçou ela como se fossem velhos amigos. Joe achou a cena nojenta e pediu a bebida mais forte que o barman tinha, que até os bêbados evitavam tomar, a “diabo no paraíso”.
Ben não reparou que Joe estava na taberna durante a tarde inteira. Depois da quarta dose da “diabo no paraíso”, quantidade que nenhum outro homem havia tomado naquele bar, ela foi cambaleante pra saída da taberna.
“Tenho que ir pra casa...”.
A garota estava tropeçando nas palavras e seus reflexos estavam nulos.
Quando ela estava passando pela porta da taberna, Ben a avistou. Com uma rápida olhada ele percebeu que ela havia bebido. Mas a Joe era forte, quanto ela teria bebido pra chegar nesse ponto?
O que ele não viu é que assim que Joe pisou na rua, Calvin amarrou ela, jogou ela em cima do cavalo e foi com a garota pra casa.
Enquanto isso, Ben se soltou da francesa Gigi e foi falar com o barman. Na realidade ele levou o barman pra um canto, sacou a pistola e perguntou pra ele o que ele havia dado para a garota com roupas de cowboy.
- Entreguei a ela apenas o que ela pediu, juro, senhor!
- E o que ela pediu? – A pistola estava cada vez mais assustadora pro barman.
- A g-garota bebeu quatro “diabo no paraíso”.
A fúria de Ben cresceu de um modo assustador. Se ele não precisasse de mais informações do barman, era capaz de mata-lo naquele instante.
- Porque embebedou a garota?
- E-ela que pediu, juro!
- Amigo... Eu estou armado e muito irritado. Não é prudente mentir pra mim.
- C-certo, senhor... Me pagaram pra embebedar a tal “Joe” para ajudar em um seqüestro.
- Seqüestro? Quando?
O barman riu, deixando a mostra seus dentes podres, se contasse a resposta, Ben mataria ele de qualquer forma, queria ter o gostinho de morrer mas ferrar alguém.
- Te encontro no inferno. – O tiro perfurou a nuca do velho.

Ben correu pra casa, esperando encontrar Joe lá. Se Joe estivesse normal seria muito difícil de ser seqüestrada. Mas, bêbada, ela não era ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário