terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Capítulo 7

- Anh... É. Você topa?
- Não vou fazer isso por você, mas vou fazer pelas pessoas no trem. – Ela deu de ombros e cavalgou cada vez mais rápido e direção ao trem.
Ben, que havia parado pra esperar uma resposta da garota, ergueu as sobrancelhas. Não esperava que a garota fosse aceitar. Na verdade ainda estava se acostumando com a idéia de que uma garota cavalgasse!
Foi só quando ele percebeu que Joane era um pontinho preto chegando perto do trem que ele voltou a cavalgar, o mais rápido possível.

Joe já avistava os cavalos correndo, sozinhos, ao lado do trem. Com certeza os sangues já estavam dentro do trem. Ela só esperava que eles ainda não tivessem assassinado ninguém.
- Vamos, Franja... Acelera agora pra que eu possa pular no trem. Depois tente acompanhar o trem pra quando eu precisar voltar, certo? – Ela deu um tapinha carinhoso no focinho da égua, que acelerou, permitindo que Joe pulasse.
Estava dentro do trem, no vagão de bagageiro. Podia ouvir gritos vindos do vagão seguinte e foi pra lá que se dirigiu, chapéu no rosto e espada na mão. A pistola estava com Ben, mas não ia esperar ele chegar pra começar.
Pulou pro vagão de onde vinham os gritos, abriu a porta com um chute, mas não viu ninguém, apenas uma poça de sangue em um dos bancos. Xingou e começou a ir pro vagão seguinte.
Ela já podia ouvir Ben pulando de vagão pra vagão, parou entre um vagão e outro, o vento batendo no rosto. Ben viu a garota e correu em direção a ela.
- Acho melhor você ficar com a pistola.
Joe se segurou na escada, já que ela estava em pé em um pedaço de ferro que prendia os dois vagões. Olhou emburrada para Ben, antes de responder.
- Não preciso da sua ajuda. Pode ir com sua pistola e sua espada, me viro com minha espada.
O trem deu uma mexida brusca e Ben segurou Joe, pra que ela não caísse.
- Ah, se vira sozinha, estou vendo. – Ele deu um sorrisinho singelo.
Ele só teve tempo de sair correndo, rindo, quando Joe pegou a primeira coisa que viu na frente e atirou nele. Cada um foi pra um lado do trem.
Joe colocou o rosto colado à porta do vagão. Ouvia os gritos, desta vez era o vagão certo. Chutou a porta e, com o estrondo, viu que todos olhavam pra ela. Só havia vítimas. As vítimas brigavam entre si, mesmo com os braços amarrados. Era notável o desespero no rosto delas.
- Fiquem a vontade, senhores. – Joe ergueu uma sobrancelha e passou reto, pulando pro outro vagão.

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